quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Comprometidos de corpo e alma

O que têm em comum pessoas como o cientista Albert Sabin e o ex-presidente Nelson Mandela? A resposta é uma só: Comprometimento. Mais do que trabalharem pelo que acreditavam, eles se engajaram e se envolveram de corpo e alma em suas causas. O resultado desse esforço foi a mudança, para melhor, nos rumos de suas vidas e nas de tantas outras pessoas - nos rumos da história e da humanidade.

Grandes avanços no campo social, político e científico, entre outros, não teriam sido possíveis se pessoas comuns não tivessem se dedicado de corpo e alma à causa que acreditavam. É importante frisar que, antes de terem talento ou habilidade específica, essas pessoas eram comprometidas com o que faziam.
Albert Sabin

Nasceu em 1906, em Bialystok-Rússia-, mudando-se para os Estados Unidos aos 14 anos de idade. Embora tivesse recebido de um tio a promessa de que teria todos os estudos pagos, caso optasse por Odontologia, sua determinação pela medicina não permitiu que ele titubeasse na escolha. Deixando a " bolsa de estudos" do tio de lado, tornou-se médico, iniciando carreira como pesquisador.

Descobridor da vacina oral contra a poliomelite, a paralisia infantil, o médico e microbiologista Sabin não se contentou em ser um bom profissional. Envolvendo-se de tal forma com o que fazia, travou uma incansável batalha de 20 anos até chegar ao resultado desejado. Sua técnica baseada em vírus vivos atenuados substituiu a injeção feita com vírus mortos. Para garantir que a administração via oral proporcionaria imunidade mais duradoura da doença, sem aumentar o risco de contaminação, testou-a em si próprio.

Nelson Mandela

Nascido em 1918, na África do Sul, Nelson Mandela liderou um grupo formado por negros, em oposição ao Apartheid, regime de segregação racial do minoritário governo branco do seu país.
Em 1962, após um massacre de negros sul-africanos desarmados, Nelson Mandela foi preso e condenado à prisão perpétua. Durante os 27 anos em que esteve encarcerado, Mandela recusou-se a fazer acordos para ser liberto, pois esteve contrariavam a sua causa. No cárcere, assumiu o compromisso de nunca negar seus princípios políticos, transformando-se em inspiração para outros prisioneiros.

A ilha Rolben, onde ficou preso, se tornou um centro de aprendizado e Mandela, a figura central na organização do sistema de educação política em seu país - uma celebridade para o mundo.

Em 1993, Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz, juntamente com o último presidente branco da África do Sul, Frederik Williem de Klerk. Seus esforços conjuntos puseram fim ao Apartheid e promoveram a transição pacífica para uma democracia não-racial no país. Três anos depois de Mandela ser libertado, sul-africanos de todas raças foram as urnas pela primeira vez, elegendo-o seu novo presidente.

O governo de Nelson Mandela foi reconhecido pelo bom tratamento dado à minoria racial de seu país, como descrito nas palavras de um sul-africano branco: "Mandela nos trata melhor do que foi tratado por nós".

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