segunda-feira, 13 de julho de 2009

Nunca é tarde para voltar a ser feliz

Um garoto passeava solitariamente pela areia da praia num dia de domingo. Como era final de tarde, o sol já estava se pondo lentamente.
Diferente de muitos garotos de sua idade, ele experimentou curtir intensamente a natureza. Então ele parou de caminhar e se sentou na grama verdinha cercada por altos coqueiros, que ficava na beira da areia da praia. Aquela cena esbanjava muita beleza para ser passada despercebida.
A paisagem era um quadro repleto de cores vivas, ele observou cada detalhe, fitou através de suas retinas o tom verde da grama, o azul do mar, o céu rosado e a areia amarelada. Aquela experiência era ímpar. Ele podia sentir a brisa do mar acariciando seus cabelos, seus pulmões inflavam o ar puro e sua pele bronzeava com os últimos raios solares que desaparecia no horizonte do mar. Ao fechar seus olhos foi então que ele conseguiu escutar os embalos das ondas, os pássaros retornando agitados aos seus ninhos e o balanço das folhas dos coqueiros que pareciam acenar um adeus ao sol.
Alguns anos se passaram e esse mesmo garoto se transformou adulto, cheio de responsabilidades e cobrança. A vida era mais séria, uma realidade mais dura cheia de adversidades e sem tantas cores como antes. O cenário ficou cinza, e seu tempo ficou curto demais para apreciar a beleza da natureza que lhe cercava... Ele já não tinha mais aquele brilho ofuscante no olhar, aquele sorriso espontâneo e aquela vida despreocupada. Era o brilho da esperança que havia sumido. Mas ele não se acomodou naquela situação em que se encontrava. Passou a reservar mais tempo para ele refletir sobre o que estava sentindo. A partir disso ele fez uma promessa, que daquele dia para frente ele seria uma pessoa feliz independente das circunstâncias que ele poderia se encontrar. Conclusão da estória, nunca é tarde para voltar a ser feliz, encontrando sua sensibilidade, humanidade e humildade nas esquinas da vida. Não desista, lute pelo que é seu de direito e seja feliz!
(Gunther dos Santos)

Um comentário:

wilsonub disse...

Beleza e feiúra, alegria e tristeza e outras percepções, que inevitavelmente têem suas contrapartidas, podem ser contempladas sob outros ângulos, adquirindo formas diferentes.

Uma corda de dois metros é maior que uma corda de um metro, mas é também menor que outra de três metros.

Wilson