quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Minha Geração Coca-Cola

Como os nossos pontos de vista podem mudar tanto com o passar do tempo? Aonde se perdeu aquela geração de adolescentes que tanto desejava espelhar. Eram jovens destemidos em busca de desafios. Tudo era tão intenso e verdadeiro, as lutas pelos ideais políticos, os escritores, desenhistas, as bandas de rock, os festivais musicais revelaram estrelas e sentimentos que eram transmitidos em suas canções e manifestações. Não havia tempo que acompanhasse o ritmo acelerado de vida que eles levavam. Eram meninos e meninas vivendo sem limites e script, livres da violência, de tecnologia, do consumismo frenético e de tantos outros vícios. Eles só queriam um mundo mais justo, mais ecológico, mais solidário e saudável de se viver. Deixar a mesma felicidade que tiveram, para seus filhos desfrutarem. A infância dessa geração de adolescentes também foi bem diferente da atual. Viviam em contato com a natureza e pessoas. Criavam laços fraternais que perduravam por longos tempos. Todo dia, planejavam modos de curtir, subir em árvores, comer frutas, correr de carrinho de rolimã, empinar pipa, jogar gude, participar de corrida de tampinha, brincar de corrida, esconde-esconde, garrafão, futebol, baleado, elástico, arma de tampinha, badogue entre tantas e tantas brincadeiras que hoje são privilégio de muitos poucos. Paquerar naquele tempo exigia certo ar de romance antes da conquista, a situação fazia com que os jovens curtissem cartas perfumadas com poemas que eram criados em prol do sentimento pelo outro. Poucos eram os namoros que ocorriam de forma precoce já indo ao finalmente no primeiro encontro. Pois é, quanta nostalgia! Lembrando e escrevendo, percebo o quanto minha geração foi marcante, e com isso vou vivendo e aprendendo com as novas gerações sem perder o compasso da música, sempre agregando novos pontos de vistas.
(Gunther dos Santos)

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